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De invasão a 'camelô', português faz loucura para reencontrar CR7 na Copa

O português de 42 anos tem o Mundial de 2014 como meta de vida. Para isso, largou a vida no país que nasceu para passar o primeiro semestre na terra da Copa. O plano era atravessar as 12 sedes de bicicleta, mas um acidente a caminho de Brasília impediu que o sonho se concretizasse. Sem condições de fazer o percurso pedalando, Jorge Franco pensa em outras loucuras para mostrar o amor por Portugal. É aí que entra Cristiano Ronaldo. Hospedado em um hotel na região central de Campinas (sem arcar com nenhum custo, diga-se), o fanático tem um plano na cabeça: voltar à Portugal nos próximos dias e buscar 500 cachecóis com a mensagem 'Obrigado, Ronaldo, por estar aqui'. A intenção é encher duas malas com os objetos e voltar ao Brasil pouco antes da Copa do Mundo para comercializar o produto. Até o preço já está na cabeça – mas isso é segredo. – Imagino que vai ser um sucesso. (Os torcedores) Vão levar o cachecol aos treinos e jogos e mostrar que gostam dele, que o querem por perto. Aí posso dizer que dei a minha contribuição para Portugal na Copa do Mundo. Quero entrar no hotel antes dos jogadores. É para terminar o desafio. Consegui chegar, não importa como – afirma o fanático. Essa é a menor loucura entre todas as feitas por Jorge Franco como seguidor in loco de Portugal. E a maioria tem a participação de CR7. Em 21 de novembro de 2007, os portugueses empataram sem gols com a Finlândia em casa e confirmaram a classificação à Eurocopa do ano seguinte. O fanático, claro, estava nas arquibancadas e virou manchete de jornal ao invadir o gramado todo vestido com as cores da bandeira nacional. De cara, encontrou o craque, que ainda usava a camisa 17. – Sofria muito com a seleção. E prometi que ia para dentro do estádio. Tanto que deixei óculos, documentos e tudo no carro para não perder. Ao chegar ao estádio, vi que o que separava a arquibancada do gramado era uma portinha. Virei para o segurança e disse: 'Vou lá para dentro'. Quando o árbitro apitou, só abri a porta e corri para o gramado. Por sorte, o Ronaldo era o primeiro jogador na minha frente, e tiraram a foto – lembra Franco, que foi detido pelos policiais ao deixar o estádio, foi à tribunal e pagou cerca de R$ 600 de multa pela invasão. A felicidade com a vaga na Euro era tanta que Franco e um amigo fizeram mil camisas de Cristiano Ronaldo - com o número 17 - para levar ao torneio disputado na Áustria e na Suíça. O tiro saiu pela culatra: a aposentadoria de Luís Figo fez o craque herdar a camisa 7 e frustrar os planos dos portugueses, que lucraram bem pouco. – Tivemos azar. As pessoas passavam e diziam que o Ronaldo não era o camisa 17, e sim o 7. Foi difícil convencer as pessoas que, não importa o número, aquela era a camisa do Ronaldo e pronto – recorda o fanático, que levou os uniformes para vender na Copa da África do Sul, em 2010, e diz ainda ter aproximadamente uma centena daquelas camisas. Tal pai, tal filho. Jorge Franco decidiu dividir a paixão por Portugal e Ronaldo com o herdeiro, e o levou para acompanhar uma partida na Irlanda, pelas Eliminatórias do Mundial de 2014. Ficaram no mesmo hotel da delegação e, num dia qualquer, trombaram com o craque no corredor. O encontro rendeu fotos e camisas autografadas, mas praticamente nenhum papo. É isso que Franco pretende corrigir na Copa do Brasil. "Adotado" pela comunidade portuguesa (que arca com todos os custos médicos, de hospedagem e alimentação em Campinas), Jorge Franco espera ter mais facilidade para seguir a seleção durante o Mundial. E, quem sabe, encontrar Cristiano Ronaldo. O torcedor promete estar em Viracopos na chegada dos jogadores e também acompanhar treinos e o dia a dia no hotel. – Vale a pena. Tudo que é por um bom motivo vale a pena. Que Cristiano Ronaldo tenha muito sucesso pela frente. E que o sucesso dele seja, por que não, o de Portugal. Via: GloboEsporte
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